-“Flores gostam de primavera”. -Sussurrava Milo sem entender o porque não tirar a imagem daquela garota, que lhe ajudou no Japão, afinal ela só indicará a direção do aeroporto. Muitas mulheres já fizeram mais que isso, e ele não lembraria do nome de nenhuma delas. Desde que ele saíra do Salão do Grande Mestre, não parava de pensar nela.
Até mesmo aquelas flores que Afrodite usava como arma faziam lembrar dela. Irônico, não? Em seu caminhar notava aquelas flores de uma beleza única, mas faltava ainda alguma coisa. Que ele não sabia ao certo o por que.
-Não acredito que o grande cavaleiro de Escorpião parou para cheirar as flores. -Era verdade Milo sempre achava ridículo, e sempre criticava Afrodite por manter aquela futilidade.
O guardião da décima segunda casa era belo de todos os pontos de vista, tanto do masculino quanto pelo feminino, numa androgênia em um equilíbrio delicado que parecia se quebrar a qualquer momento. Seus golpes e técnicas vinham das mesmas flores que ele cultivava, de beleza e traços únicos; mas sempre houve algo nele que dava arrepios em todos os cavaleiros. Talvez menos em Máscara da Morte.
-Afrodite, desculpe-me por não dar atenção. Ando com a cabeça meio nas nuvens. -Milo não queria comentar aquilo com Afrodite, preferiria conversar com Camus.
-Sei, mas acho que eu e Shura seremos seus únicos encontros daqui. Já que Camus pediu dispensa para ver um antigo discípulo e entregar uma missão, e Shura está obsecado em melhorar sua técnica. Vivemos uma era de paz e ele ainda se preparam para guerra. -dizia Afrodite com certa nostalgia. -Será que nós sempre temos que estar pronto pra matar? A tirar a vida de nossos inimigos?
-Acho que esse é o fardo de todo cavaleiro de Athena, os protetores da paz não podem ter paz. -Milo soltava um sorriso com se ouvisse um sarcasmo que fazia sentindo. -Nos vemos mais tarde. -continuava Milo em sua jornada até a sua casa zodiacal.
-“Quando cavaleiros de ouro se vêem demais, é sinal de problema”.-Aldebaran sempre dizia isso quando encontrava qualquer um dos outros dourados, e talvez ele estivesse certo...
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-O s-senhor... é... é... -Isaak não tinha folego e nem palavras ao encontrar cavaleiro Camus de Aquário, o lendário mago do gelo.
-Isaak tem uma grande admiração pelo senhor, mestre Camus. -Dizia Cristal como a voz de seu pupilo que não parava de gaguejar.
-Somos iguais agora Isaak de Cisne, só devemos ter respeito entre a hierarquia. Somos cavaleiros de Athena e guerreiros do ártico -Vendo que os danos do punho de Isaak foram os mínimos possíveis, não se via muitos cavaleiros de bronze com o potencial do cavaleiro de Cisne. -Fico impressionado com o seu golpe, me lembra Cristal em sua idade.
-Nada mestre, eu quebrei quase minha mão direita, Isaak está apenas escoriado. -cristal era realista, mesmo em meio aos elogios de seu antigo tutor.
-Bem, só vim assistir e entregar um despacho oficial do Santuário para Isaak. -Camus entrega na mão de Isaak a carta com o selo do Santuário.
-E o que está escrito mestre Camus? -indagava Isaak
Antes mesmo que Camus pudesse falar algo, Cristal responde a indagação de seu pupilo.
-Quando um despacho é enviado, o mensageiro não pode ler. Isso seria uma violação do código de Athena. Uma ordem direta só pode ser dada por intermédio do Grande Mestre ou por um despacho do mesmo. -Cristal repetira as mesmas palavras de Camus, de quando fizera a mesma pergunta, Camus solta um breve sorriso nostalgizo.
-Exato, Cristal. Agora deixe-me ir, assim como vocês tenho meus deveres, mas nos encontraremos de novo. -Camus reverenciava os outros dois cavaleiros árticos e se colocava a andar para sair de lá.
Cristal e Isaak deixavam a vista acompanhar o cavaleiro ártico mais poderoso até que ele sumisse dentro da mesma, por uma das várias cortinas brancas que o vento formava naquela região inóspita. A visão de um cavaleiro de ouro era sempre magnifica, principalmente Camus para eles.
Isaak tentava se recompor mentalmente para ler a sua primeira missão oficial para com o santuário. Cristal olhava o discípulo e orava para que não fosse nada que fosse contra a Rebelião dos cavaleiros de prata, ele conhecia Isaak, e ele nunca aprovaria isso sem provas. Camus também não soubesse, mas Cristal acreditava que com o tempo a máscara desse Grande Mestre iria cair, e sobre a glória de Athena não haveria mais atrocidades, como as dezenas de aprendizes mortos no santuário.
-Tenho que recuperar um artefato no Japão... -dizia Isaak ainda lendo o documento do Santuário, ele tentava ler mas seu grego cerimonial era fraco demais. -Mestre, pode lê-la pra mim?
Cristal passava rapidamente o olho para resumir para as ordens ao discípulo
-O Santuário pede para que você busque uma pessoa que possa ser uma possível deusa maléfica e a leve ao santuário. -Cristal para a leitura e sente seu mundo desabar, seria possível que essa fosse a menina a qual Aioros fugirá nos braços, pois de acordo com as especulações de Albior, essa poderia ser Athena. O que o grande mestre pretendia fazer com essa ação?
-Mestre? -Isaak cortava a preocupação de seu mestre. -Tudo bem, pra mim parece fácil. Acho que posso dar conta disso!
Não, ele iria entregar Athena para um sacrifício. Na carta não havia nenhuma citação de um cavaleiro a mais com uma missão. Isaak não iria mata-la, pois as ordens eram para leva-la ao Santuário, para ele não havia sentindo, mas ele não daria a ele a essa chance.
-Aqui diz que essa carta deve ser entregada para Albior de Cefeus, o cavaleiro de prata responsável pela área da Etiopia e treinador de cavaleiros. E Isaak, peço que leve uma mensagem pessoal para ele. Somos amigos, gostaria de mandar uma mensagem depois de tanto tempo.
-Claro, mestre!
Cristal sabia que somente assim poderia ter uma carta na manga a frente dele. Ele esperava que Albior entendesse a jogada e que Marin já estivesse a par de tudo; mas nenhum deles podiam contar com a sorte naquele momento.
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O homem que é o braço direito do Grande Mestre é um cavaleiro apenas por voz, nunca ele usará sua armadura. Possivelmente, ele seria o cavaleiro de Altar, mas ele era a autoridade máxima, apenas abaixo do Grande Mestre. Gigars era desprezável em todos os sentidos, sua aparência era medonha, beirando aos seus 50 anos de pura luxuria e má conservação tanto de seu espirito, quanto de seu corpo. Tentava aparecer nobre com trajes finos e uma jóia no lugar do olho perdido, que lhe dava uma expressão de malevolencia única dentro do Santuário.
Era uma área isolada no santuário; colunas destruídas, a vegetação tomando conta de tudo densamente, cobrindo marcas de goles antigos. Possivelmente houve alguma espécie de combate ali, mas isso não era mais importante. Gigars olhava penetrantemente para um ponto, onde os raios solares pareciam evitar, tornando a área mais sombria.
-Jango?!
Um homem trajando preto, com um peitoral de placas sai, perto de Gigars, é difícil saber quem é o mais amedrontador. Um homem gigante com feições duras e castigadas, com uma enorme queimadura no olho direito. Feita por Guilty, durante uma tentativa de roubar a armadura de fênix. Atrás dele diversas sombras sem uma forma exata se espalhavam ao redor deles.
-Porque nos chamou aqui? Afinal, somos cavaleiros negros, os traidores de Athena. -Ao falar o nome de Athena, Jango praguejava cuspindo fartamente no chão.
-O Grande Mestre Ares não é apegado ao passado, e é piedoso e generoso. -A voz de Gigars citando o Grande Mestre era de total submissão para com ele. -Vossa santidade és tão caridosa que lhe dá uma chance de se redimir.
-Como se “Sua Santidade” nos quisesse em suas fileiras. -A afirmação provocara o riso maligno dos outros seres que a luz não ousava a tocar. -E se nós aceitarmos, o que ganhamos?
-Além de cair nas graças do Grande Mestre? O que vocês querem mais?!
-Que tal a morte do principal inimigo dos cavaleiros negros? -Indaga Jango ao oficiante-mor do Santuário.
-E quem seria?! Guilty?
-Guilty está morto, mas agora há alguém mais poderoso que ele. O cavaleiro de bronze de fênix.
-O cavaleiro de Fênix?! Guilty tinha um discípulo?! Pensei que a missão dele era mantar vocês afastados da armadura. -Gigars só conhecia Guilty de nome, um cavaleiro que abdicará de sua armadura, de seu nome e de seus sentimentos para proteger a armadura de Fênix e ser o carcereiro dos cavaleiros negros.
-E que maneira melhor do que escolher um portador para ela? -Realmente, já que em ser carcereiro dos cavaleiros negros, já que seria uma coisa inútil, pois o Grande Mestre havia tirando todos dali no dia em que fênix conseguirá sua armadura.
-Depois de vocês fizerem o serviço para Vossa Santidade, ele pode facilmente mandar um cavaleiro de ouro para aniquilar a esse cavaleiro. -O que era verdade, já que os cavaleiros de ouro eram praticamente deuses.
-Certo, o que nós precisamos fazer?
-Simples, matar uma garota. -Gigars dizia isso com um riso sádico e maligno estampado no rosto.
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Depois de dois dias após a ter conseguido a armadura, Okko acorda com duas figuras ao seu lado. A primeira era sempre a mesma, o rosto doce e meigo de Shunrei, a segunda era a caixa de pandora de dragão; ambas pareciam aguardar ansiosamente o despertar do novo cavaleiro de dragão.
-Hamn... Shunrei?! -Okko não estava bem, um amargo em sua boca seca, a própria luz natural daquele belo dia lhe incomodava. Todo seu corpo reclama de tudo de uma só vez. Ele realmente odiava aquele estado de fraqueza.
-Tome Okko, seu corpo deve estar fraco sem alimento. -Shunrei lhe dava um prato de sopa feito com ervas medicinais, e o novo cavaleiro de Dragão sempre odiou, mas por muitas vezes se não fosse Shunrei, ele estaria morto.
-Obrigado. -Okko sentava direito em sua cama, e pegava meio sem jeito a tigela das mãos de Shunrei; e sorvia o liquido.
Shunrei, meio desconcertada, pois nunca vira Okko ficar desmaiado por tanto tempo. Ela tratava de arrumar o lugar que ela chamava de lar, não que houvesse muito que arrumar, era mais para deixar Okko com seus pensamentos. Shunrei notara que Okko parecia que tinha mudado internamente, parecia que algo se encaixará. Em outra época ele quebraria a casa como sempre faz,era se como toda sua rebeldia fosse acalmada por alguma coisa.
E era o que Okko sentia, ele queria quebrar alguma coisa, ele queria ver a casa abaixo pra provar que ele não estava vulnerável, mas pela primeira vez ele sentia que aquilo era uma estupidez, e ele ganharia mais devotando essa energia em outra coisa. E até que a sopa não estava tão ruim para ele.
-Okko... -Shunrei dirigia a voz a ele enquanto arrumava algumas plantas, Okko virava a cabeça em direção de Shunrei. -Mestre Ancião quer falar algo com você.
-Aquele velhote, me deixa em farrapos e ainda quer que eu vá para lá. -Okko se forçava a levantar para ir ao encontro de seu mestre, apesar das dores constantes ainda. -Vamos ver o que a senilidade faz com uma pessoa.
Okko era agredido por aquele forte sol, que lhe obrigava a defender sua vista. E aos poucos se acostumava com a densidade do sol. Aos poucos ele percebia que tudo a sua volta estava mais colorido. A grama mais verde, o solo mais marrom, a cascata mais ímpia e imponente.
Dohko via em seu discípulo, um passo ao equilíbrio, o segredo da força dos cavaleiros de Rozan era a harmonia com tudo que estava a sua volta. Era realmente uma grande evolução para esse jovem tigre, agora ele era um cavaleiro de Athena.
-O que foi velho? Quer que eu faça o que agora? Recuar o oceano? -Okko fala para seu mestre do seu eterno jeito irônico e auto-confiante.
-Não, isso é uma coisa que você talvez consiga com o tempo, mas não serei eu a te ensinar. -Apesar de ser uma fonte de sabedoria, mestre ancião ainda tinha humor, uma coisa que não se apagará com o tempo. -Mas o que eu quero é um favor, de um cavaleiro de Athena a outro.
-Sem desafios? Sem duvidar da minha capacidade como guerreiro? Acho que eu devo ter batido a cabeça fortemente, e devo estar escutando tudo errado. -Okko coçava a cabeça e a alisava como se procurasse algum galo ou ferimento.
-Dessa vez não, Okko. Você é um cavaleiro agora, não um aprendiz. Quando a armadura lhe aceitou significa que agora somos iguais. -O coração de Okko batera mais forte, ele nunca seria tão forte ou tão sábio quanto seu mestre, mas isso nunca o impediria de tentar.
-Fale logo, antes que eu comece a me emocionar. -Apesar da fala, Okko lacrimejava de orgulho sem perceber.
-Quero que proteja alguém importante para mim, não, importante para nós. -Okko raramente via um sentimento forte vindo de seu mestre. -Quero que você proteja uma garota, ela é a salvação de nosso mundo e o motivo de nossa existência.
-Nessa descrição só uma pessoa se encaixa, mestre. Não me diga que é...
-Sim, é Athena! -Completava o racoicinio do pupilo. -Você encontrará obstáculos e aliados, e tudo que posso dizer que é que ela esta no Japão.
-E porque logo eu mestre?!
-Porque você é a única pessoa que eu treinei para isso, e a única que eu sei da índole e do potencial. E sei que você a protegerá com a sua vida, basta você encontra-la que tudo fará sentido. Você faria isso por mim?
-Como você disse, você me treinou para isso. Como recusar a missão da minha existência. -Dessa vez não havia sarcasmo e nem ironia na voz de Okko, apenas sinceridade. -Mas em troca quero lhe fazer uma pergunta.
-Faça, e talvez eu a responderei.
-Quando o senhor vai me contar o motivo de estar tantos anos ai? -indaga Okko.
-Eu, sinceramente, espero nunca ter que contar a você esse motivo, pois isso significaria sua morte. -Okko sentia um frio na espinha, ele sabia que seu mestre não mentia. Ele podia ter vários segredos, mas nunca mentia.
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-Não Thouma, você não pode ir no meu lugar! Sabe-se lá quem o Grande Mestre vai mandar para matar Athena, deve ser eu a protege-la. Marin dizia segurando o pulso de seu irmão, já que ele pretendia ir ao Japão, proteger ele mesmo Athena.
-Marin, se uma coisa que nós somos é racionais, você é a ligação dentre os outros cavaleiros que querem ver Ares cair. Você é uma peça fundamental, você é furtiva, e isso é o que me falta. Sou um combatente, quem melhor que eu para proteger Athena. Um cavaleiro de bronze que feriu no rosto um cavaleiro de ouro?
Marin sabia que era verdade, já faziam três anos que ele a alcançará em poder de combate. Tanto que para sua evolução, Aioria é que treinava ele em segredo. Thouma conseguira passar pela Capsula do Poder do Cavaleiro de Leão e o atingira com um relâmpago.
-E sabe como é Aioria em relação a traidores do Santuário, se ele descobre que você esta tramando alguma coisa, possivelmente ele mesmo a executaria. -Thouma era a voz da razão que Marin fazia questão de abafar em sua mente.
-Não creio que Aioria faria algo comigo. -A voz da amazona de prata sai tremula, pois aquilo era uma possibilidade, e ela odiava possibilidades, preferia as certezas, por mais duras que elas fossem.
-E ninguém vai sentir falta de um cavaleiro de bronze, e até aposto que você já tem um despacho oficial do Santuário com alguma desculpa qualquer, não é? - Marin tinha sim a desculpa perfeita, o aparecimento de cavaleiros negros pelo mundo como uma facção criminosa. Marin sempre estava um passo a frente de Thouma.
-Está bem, mas tome cuidado.
-Falando desse jeito parece que você é mais minha irmã do que a minha mestra! -Dizia Thouma enquanto pegava rapidamente o despacho oficial das mãos de sua irmã.
-Do mesmo jeito, Thouma. Não se vanglorie por ter acertado o rosto de Aoiria, ele podia ter te matado. -Marin, fala enquanto Thouma corria em direção da saída sul do Santuário, pois tinha que pegar um barco para chegar no Japão.
Thouma corria durante algum tempo, até que sentirá cosmos hostis a sua volta e resolveu parar. Ele não parecia ser suspeito, o cavaleiro para e deixa sua caixa de pandora no chão mostrando visivelmente o despacho falsificado do Santuário a mostra.
Thouma percebe que os cosmos deles, que são exatamente cinco, eram de nível de soldados ou no máximo de aprendizes fracassados, mas havia algo de familiar em seus cosmos. Como se já os sentisse recentemente.
-Estou em missão para o Santuário. -Levantava as ordens falsificadas do Santuário. Perceberá que um dos indivíduos fora embora. -Bem, já que não querem ver minhas ordens, vou me embora.
Ao se abaixar para carregar a caixa de pandora, os soldados descem em posição de ataque. Eles não eram soldados, mais sim asseclas de Shina, a Amazona de Prata de cobra. Aquilo não era nada mais, nada menos que uma emboscada. O cavaleiro de pegasus se batia na cabeça por não ter percebido antes.
-Vocês acham mesmo que podem me deter?
A resposta veio pelo ataque do assecla que estava atrás de Thouma, que apenas levará um chute em meio ao estomago. Que fazia a vítima perder todo ar e a consciência na mesma hora, o da direta investira também, e Thouma soltava uma cara de tédio, e o chutava no queixo; mais um golpe que deixava a vítima inconsciente. O da frente vinha muito rápido, era uma boa estratégia, ele até conseguiria acertar Thouma aos seus 10 anos. Ele acabara levando numa joelhada no nariz e na boca.
Ao acabar o giro de sua perna que ceifava três consciências, via apenas o que estava de pé estático, mas o cavaleiro não podia se dá ao luxo de deixar ele ir. E sumia da vista dele. O restante começava uma corrida, mas quando virava dera de cara com Thouma. O qual apenas dera um soco no seu estomago, fazendo o quarto sucumbir aos braços amenos da inconsciência.
O ruivo, ouve palmas e olha para a direção do som que elas vêm. Era Shina aplaudindo fracamente, e o assecla que fugiu para chama-la.
-Muito bem Pegasus, contra aprendizes a luta pode ser fácil, mas e contra um cavaleiro completo? Você pode dar conta? -Shina levantasse de onde estava sentada.
-Poder até posso, mas não tenho tempo para isso e não há ninguém que preencha esses requisitos aqui por perto. Por tanto deixe-me ir... -Esse comentário frusta Shina, como um moleque insolente daquele poderia dizer isso a ela. Thouma apenas caminha para pegar sua caixa de pandora,e ir para o porto de Athenas; até que seu caminho fora obstruído por um raio que era Shina atacando.
-Vou arrancar sua cabeça, assim a armadura pertencerá a Cassius. -Shina ataca com um golpe que visava o pescoço do cavaleiro que fora facilmente esquivado pelo próprio. Ao que parecia Thouma só queria pegar sua armadura e sair dali. E a amazona se sentia cada vez mais frustrada e atacava o irmão de Marin com mais intensidade; mas mesmo de costas ele continuava a esquivar de seus golpes e continuava a andar para reaver sua armadura.
Thouma não parece estar muito preocupado com os ataques da amazona, que o ataca com fúria. Ele tinha que encontrar Athena antes que outros a encontrassem. Até que um dos golpes fora certeiro, o cavaleiro só tivera tempo para não ter sua cabeça decapitada, provocando-lhe um corte superficial no rosto. O ruivo se enfurece, voltando-se para a sua ofensora.
Shina vê que o olhar de arrogância do jovem se tornou um olhar de determinação, senão estivesse máscara, ele poderia ver o rosto de surpresa da amazona.
-Vejo que não poderei te ignorar e você não me deixará passar. Então eu vou te derrubar.
Foi muito rápido, Thouma avançará com um soco no estomago de Shina e um chute em seu queixo que pareciam o mesmo golpe. Ela apenas se pegar sentido as dores do impacto do golpe dele, e de perceber que estava só em pé por causa da grande pedra em que estava. No instante seguinte sentia a sua máscara lhe sufocando, Thouma apertava a máscara sobre a parede fazendo a amazona perder a consciência por causa do sufocamento, no entanto Shina não era uma amazona de prata atoa.
Mesmo sofrendo o ataque de Thouma ela prepara seu golpe, sempre visando o pescoço, com seu golpe.
-GARRAS DO TROVÃO!!!
As unhas afiadas de Shina aliada a uma voltagem que mataria um humano desce como uma guilhotina para o cavaleiro, mas Thouma simplesmente segura o pulso dele com as mãos nuas. A força da amazona não parecia vencer a do cavaleiro, e o próprio choque das garras de trovão não parecia afeta-lo. Thouma reclinasse para chegar ao ouvido de Shina.
-Eu disse que não estava com tempo, e que não tinha ninguém com esses requisitos aqui por perto. -Thouma com um aperto mas forte, destrói a máscara de Shina e salta para trás.
Shina não acredita, ele não estava tentando sufoca-la, estava tentando quebrar a máscara dela! Uma das maiores humilhações para uma amazona, mais principalmente para ela. A amazona reclina a cabeça para que seus cabelos cobrissem seu rosto, e ainda colocava a mão no rosto. Realmente ele era o irmão de Marin, na época de treinamento Marin compensava a falta de força com táticas únicas.
Quando ela ameaça em ficar em posição de ataque, recebe um chute na nuca, e seu mundo deixa deixasse esvair, mais do que aquela noite. Sua ultima pergunta é como ele conseguiu aquilo sem fazer um único barulho?
Thouma pousa no chão, e retoma a posição ereta e altiva que era a mesma de sua irmã. Voltando o olhar para o ultimo obstáculo o assecla restante, voltando apenas ao seu olhar natural de indiferença e arrogância.
-Pretende me deter também ou cuidar de seus companheiros e de sua mestra. -A estática do soldado fora a resposta de Thouma, que pega a caixa de pandora, e passa pelo seu ultimo obstáculo, aplicando-lhe um golpe direto no pescoço, fazendo ele também perder a consciência. Afinal, Thouma não poderia se dar ao luxo dele avisar a outros cavaleiros, estava sem tempo pra isso.
E continuava a correr, para chegar o mais rápido que pudesse, Athena dependia dele.
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Isaak chegava até a ilha de Andrômeda por intermédio de um barco de um pescador local, que na verdade era o oficiante encarregado a seguir ordens do cavaleiro de prata de Cefeus. O homem irritava um pouco Isaak, pois ele sempre falava. “Deve ser um desses o motivos de Mestre Cristal querer que eu tenha uma companhia.” pensava Isaak quando o oficiante parava de falar para respirar.
Ao chegar, Isaak encontrava um campo de treinamento similar ao seu, só que em vez de gelo, havia uma agua tempestuosa e pedras que uma simples queda poderia furar o olho de alguém. Parecia que tudo ali na ilha de Andrômeda estava preste a te atacar se você não mostrasse o devido respeito e temor pelo local, assim como a Sibéria.
Pelo nível de cosmo, Albior estava acima do nível de Cristal, chegava a se aproximar do nível de Camus, o que era assustador. Um homem altivo, loiro e de olhar sempre compenetrado, realmente era assustador o nível de cosmo dos guerreiros de Andrômeda.
Albior percebia um cosmo desde que ele se aproximará, e temia que fosse mais um dos emissários do Santuário lhe cobrando explicações sobre coisas que ele não queria falar, mas ao ver a pele alva do jovem e a vermelhidão por causa do sol daquele dia era um dos guerreiros do ártico, provavelmente o discípulo de Cristal.
-O senhor é...
-Sim, sou Albior, o cavaleiro de prata de Cefeus. -Completava Albior, se Cristal mandou um mensageiro para ele, sendo o próprio discípulo a coisa era séria. -E você deve ser discípulo de Cristal, que veio entregar uma mensagem. Posso vê-la logo?!
Isaak estava estático, apenas entregará o despacho oficial do Santuário e a carta que mestre Cristal lhe entregará. O mestre da ilha de Andrômeda abria as duas ao mesmo tempo e começava lê-las. Cristal enviará uma mensagem criptografada, dizendo que esse era seu pupilo e que ele não sabia nada sobre o golpe que eles pretendiam dar contra Ares, e que ele receberá de um cavaleiro de ouro para seu discípulo levar uma garota que possivelmente seria Athena. E pedia um auxilio.
Albior sempre deixou bem claro seus planos aos seus discípulos, mas a única que seria capaz de ajudar o jovem cavaleiro de bronze naquele momento era a pessoa que ele mais suspeitava na ilha. A única amazona, Pandora.
-“Pessima jogada Cristal, tinha que ser logo agora.” -Sussurrava Albior consigo mesmo
-O que foi mestre Albior? -Isaak não havia entendido, só ouvira o nome de seu mestre no final.
-Nada... -tentava disfarçar o pensamento alto. -Só tenho uma pessoa pronta a lhe acompanhar guerreiro do ártico Pandora! Venha!
A amazona de bronze de Andrômeda para de treinar com June e obedece as ordens de seu mestre. Isaak se pega admirando a amazona de uma pele tão alva quanto a neve da Sibéria e naquele lugar que castigava a todos, ela era hipnotizante para Isaak.
-Esta é Pandora, a amazona de bronze de Andrômeda, ela vai ser seu apoio. -apresentava a discípula ao pupilo de Cristal.
-Eu sou Isaak, cavaleiro de bronze de Cisne. -Pandora aperta a mão de Isaak e ambos puderam sentir a diferença de seus treinamento. A mão de Isaak era calejada e dura, ao contrario da de pandora que parecia que nunca fora usada para agredir alguém. Ambos não soltaram a mão um do outro durante algum tempo. Ao perceberem o olhar de Albior, os dois param o cumprimento bruscamente.
-Pandora, você deve acompanha-lo e ser seu suporte. -Mas telepaticamente Albior falará que era pra evitar que Athena se machucasse, e para esperar ordens do enviado da amazona de Águia. -A amazona de Andrômeda afirma com a cabeça e se retira para pegar a armadura. -Acho que ela vai ser muito útil para sua missão Isaak.
O cavaleiro de bronze do ártico nem ouvira a voz do cavaleiro de prata fascinado por aquela beleza...
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Quando cavaleiros negros estavam caídos, com muitas fraturas, e um quinto estava meramente ajoelhando balbuciando algo como um passado quase num estado comatoso, a frente dele estava uma amazona delicada trajando a armadura de fênix. Esmeralda, a guerreira da Ilha da Rainha da Morte. Que, apesar da máscara, olhava profundamente nos olhos do cavaleiro negro ali ajoelhado.
-Quer dizer que Jango está atrás de uma garota, a mando do Santuário? -Indagava ela a si mesmo, pois o homem era apenas um farrapo do que era antes. Como se aquela casca que ele chamará de corpo estivesse apenas recontando suas memórias indefinidamente. -E a mando do Santuário... Vejo que minha vingança vai ter que se estender aos cavaleiros do Santuário por macular os ideais de meu mestre.
A amazona de cabelos loiros e anatomia delicada empurrada o cavaleiro negro com um dedo fazendo ele 'desligar', e caminhava em direção da onde o sol abaixava.
-Japão... -era o que Esmeralda sussurrava enquanto andava deixando para trás os cinco inimigos, com um destino pior do que a morte, mas sim num eterno pesadelo.
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-Hana, vamos conosco pro bar, comemorar que as provas acabaram. -dizia Hikari, uma amiga de Hana.
-Não posso, tenho que liberar o Makoto da sua função na loja e ainda prometi pra Eiri e pra Minu que passaria no orfanato, mas tarde.
-Você é tão certinha que dá raiva sabia?!
-O que eu posso dizer? É dá minha natureza, não posso evitar... -Hana respondia sempre com aquele sorriso doce e suave.
Hana anda para a direção oposta dos amigos, já que sua loja ficava na área residencial, e seus amigos iam para a área comercial. Com ínumeros livros que estava carregando sabia que poderia ir tranquilamente, faltava ainda duas horas, mas baladas a incomodavam. Musica alta, muitas vozes, mas ela nunca recriminou quem ia.
Ela sentará no banco e começará a abrir uma barra de chocolate que havia comprado antes e olhava para aquela noite. Muitas estrelas brilhavam como nunca, focando a visão na abóboda celeste parecia que as estrelas tentavam se unir em um ponto que coincidiam sob a sua cabeça.
Brincava com seus pensamentos que um grande mal estava atrás dela e as figuras mitológicas vinham lhe proteger. Ela não sabia muito no acreditar desde encontrará aquele grego no porto. Será que o dono daquela caixa áurea viria reclamar seu pertence? Esperava ela que sim, achava que sua vida era esperar tal pessoa.
Depois de se perder em seus pensamentos, perceberá que estava perto do fim da barra de chocolate e que se passara uma hora e meia desde que ela ficou olhando as estrelas. Makoto iria reclamar muito, Hana pegava seus livros e começava a correr em direção a sua casa.
Nossa, só prodígio no quinteto!
ResponderExcluirAdorei o fato do Okko ser o de dragão, já se consegue ver um amadurecimento nele nítido mesmo esse sendo o segundo capítulo dele ^^
Ainda me pergunto o que a Pandora vai aprontar, ou melhor, o que o Thanatos e o Hypnos vão aprontar com ela -_-''
De verdade, estou muito curiosa sobre ela XD
Já estou indo correr pro cap 2, beijocas o/
Olha, você por aqui =)
ResponderExcluirO Okko o real "totem" dele éo tigre, quando ele consegue a armadura de Dragão ele alcança um equilibro entre a força sábia e a força rebelde...
Enquanto a Pandora sãããão outros 500.
Bjos e até lá!