No deserto ártico da Sibéria, Isaak se pegava ainda uma criança enterrando seus pais, que nasceram também naquela terra esquecida pelo sol, mas assim como as geleiras daquele lugar eles o ensinaram a nunca esmorecer, porque todo do vilarejo sabiam que viver não era um fardo, era uma dadiva que cobrava seu preço, apenas aqueles que tinham força podiam viver naquele lugar impiedoso.
Mesmo que Isaak chorasse, as lágrimas dele se tornavam cristais de gelo. Ele começando a ver aquilo, imaginava se aquela terra não era também formada por sangue e suor daquele povo sofrido. Até que uma sombra cobria-o e a olhar vira um homem único, o guardião daquelas terras.
-Mestre Cristal?
Ele não respondera nada, apenas lhe oferecia a mão...
*****
Isaak despertava, num lugar que em nada parecia sua terra natal. Um lugar onde seu corpo relaxava, onde todos podiam ter um descanso, sendo amaldiçoados ou não. Era quente também, não um calor desconfortável que sentira desde que saiu da sibéria, e nem o calor assassino das asas da fênix, mas sim o calor de um abraço materno.
Lembrará que fênix queria raptar aquela garota! Levantará rápido da cama.
-Yo. -O Cavaleiro de dragão estava sentado arqueado em cima da cadeira. -espero que você não queria salvar ninguém sem armadura...
Isaak realmente perceberá que estava sem armadura, e muito menos estava no aposento que estava, mas vira Thouma na cama do lado. Ainda sem consciência e cheio de bandagens, pelo menos sem aquele olhar comatoso, e ele continuava a olhar para os lados em busca de Pandora.
Vendo aquilo, Okko ri e aponta para cima de Isaak que percebe que a cama era uma beliche. Ao levantar via Pandora, em curvas situantes e ainda com a máscara colocada. Fez um gesto com a intenção de tira-la, mas ouvira a tosse fingida e forçada de Okko.
-A menos que você saiba que ela te ama ou queria morrer mais cedo, recomendo você não fazer isso.
Isaak se amaldiçoava por estar fazendo aquilo, Cisne se afastava e voltava para a cama que anteriormente ele estava deitado. Ainda perdido com tantas informações que receberá naquele dia., mas ele tinha mais preocupação com a sagrada armadura de Cisne e com a amazona de Andrômeda.
-Agora temos algum tempo pra conversar, poderia me explicar que história é essa? -Isaak dirigisse a Dragão. -fui mandando para levar uma reencarnação de uma deusa maligna para o Santuário, quando eu chego aqui descubro que estou sendo enganado por todos, até mesmo meu mestre.
-Deve ser que seu mestre percebeu o tão cabeça dura que você é. -Ironizava Okko. -Mas a história é realmente é essa, há aproximadamente dezoito anos atrás, aconteceu um plano para matar Athena. E o cavaleiro de Sagitário salvou Athena e a entregou a alguém, tanto que só foi achado seu corpo, sem uma criança ou armadura. E Ares continua a governar querendo se tornar Deus, manipulando os seres mais poderosos que deviam ter a missão de proteger a Terra, e não promover tirania...
-E porque vocês não avisam logo ao santuário?
-O mestre de Pegasus tentou, mas a noticia foi distorcida pelo Grande Mestre que eramos um grupo malignos de cavaleiros querendo dar um golpe de estado. E passamos a ser considerados um grupo terrorista, que os mais fervorosos matariam só pela suspeita. -dizia Okko agora desviando o olhar largando toda sua posse irônica e adotando um ar sério.
-E como acreditar num grande mestre que esta sem a deusa Athena verdadeira? Isso é impossível, nem mesmo a desculpa por causa de um atentado a sua vida poderia enganar a todos por tanto tempo. -dizia Isaak menos cético a aquela história.
-Esse é o problema. -dizia Okko. -Existe uma deusa lá, que mantem o poder das armaduras sobre seu comando, e que ninguém ousa a contestar.
-E como garantir que aquela garota é Athena, não sera que vocês estão enganados? -Isaak levantasse indignado.
-Vou te responder com uma pergunta para depois te responder direito. -Okko fazia uma longa pausa. -Porque você não simplesmente não foi embora, ou na suspeita dela ser uma deusa maligna não matou a garota, nem a mim e nem a Pandora?
Era verdade, porque ele não simplesmente deixou que Fênix a levasse, ou mesmo ele não teria matado? Mas ela parecia a razão dele lutar, foi por causa dela que ele conseguia acompanhar os movimentos daquela amazona, ela parecia que era um patromônio a humanidade que todos deviam defender com a vida.
-Mas eu lutei contra o Pegasus...
-Não... você apenas reagiu a uma agressão. Pegasus foi o primeiro a atacar.
-Você estava lá desde aquele momento?
-Na verdade cheguei um pouco depois do ruivo, mas vi que a batalha seria fácil para ele, e eu só interferiria se fosse extremamente necessário. -Okko estranhava o gosto daquelas palavras, afinal em outra época ele atacaria todos sem se importar com nada, desde que ele ganhara o status de cavaleiro de bronze e a armadura ele parecia ter encontrado paz.
-E qual era a outra resposta? -Perguntava Isaak.
-A outra é que pelo simples motivo de ela falou que tinha a armadura de sagitário era uma relíquia da família dela, e que ela já encontrará um cavaleiro já. Essa noticia veio de um informante do Santuário.
-Uau. -Isaak estava realmente sem palavras, afinal ao que parecia tudo era uma trama e um jogo onde um esperava o inimigo aparecer para esmaga-lo, ou no mínimo uma brecha.
-Acho que dragão explicou tudo. -Dizia Pandora tateando a face, encontrando sua máscara.
-Me chame de Okko, afinal somos agora companheiros de batalha.
-E temos que encontrar Fênix. -dizia Pandora. -Ela esta com Athena.
-E temos que ser unidos, veja o nosso amigo como ficou porque achar que podia resolver tudo sozinho. -falando de Thouma que não havia recuperado a consciência e era o mais ferido dentre os quatro.
A maçaneta do quarto começava a girar, e os três cavaleiros conscientes se preparavam para luta quase que inconscientes...
*****
Dois dias antes...
Jango aplicava um soco no rosto de Cisne Negro, que caia na mesma direção de Andrômeda e Pegasus Negro, mas ao invés de segura-lo deixaram ele impactar no chão, com sorrisos sádicos no rostos. Mas antes que pudesse fazer algo, levara um pisão no rosto do mestre dos cavaleiros negros.
-Porque agiu sem as minhas ordens seu idiota? E o pior, foi derrotado! -Jango pisava inúmeras vezes e com cada vez mais força. -E agora temos que caçar aquela idiota que esta com a filha de Guilty!!! E graças a ela eu não posso te matar porque somos os únicos cavaleiros negros que sobraram.
Dragão Negro estava apenas deitado sobre o sófa do escritório como se estivesse dormindo, e aparte de toda aquela cena. Enquanto Pegasus e Andrômeda riam da cena se afastando de Jango.
Jango parava de pisar no rosto dele e ia para a mesa de seu escritório, e pegava a garrafa de tequila e a engolia como se fosse água. Cisne Negro tentava se levantar, mas em suas duas primeiras tentativas fora falho, por que seu mundo girava, até que na terceira tentativa começava a se manter de pé.
-Mas mestre -Pausava Cisne negro cuspindo o sangue excessivo de sua boca. -Porque você presume que esta com ela? Pode estar com aqueles outros cavaleiros de bronze.
Porque eu presumo isso. -Jango engolia mais um pouco da bebida e a limpava com a manga do terno. -Dragão Negro, ligue a TV.
Dragão Negro pegava o controle embaixo dele e ligava a Tv de plasma que em modo stand-by mostrava um ar fresco da capela cistina. Era noticiada um incêndio no passeio publico de Osaka, e com isso o incêndio demorava a ser controlado, o mais estranho da noticia era que as chamas não faziam uma clareira em forma de um circulo, mas sim em forma de uma avê que parecia apontar para outro lugar.
Era óbvio que Fênix havia derrotado os cavaleiros de bronze, e que agora usava a garota como chamariz para eles irem até ela.
Temos que dar um jeito de mata-las, o quanto mais rápido possível, mas não podemos nos revelar assim. -Jango voltava a beber a tequila, ao mesmo passo que tentava afogar suas preocupações com ela.
-E se pedimos ajuda ao Santuário? -perguntava Cisne Negro que esquiva rapidamente da garrafa de tequila que acabava de ser atirada para cima dele.
-Idiota, se isso era a nossa prova para sermos aceitos dentro das fileiras do Santuário, como iremos pedir ajuda. E mesmo se pudêssemos, onde fica o orgulho de ser um cavaleiro negro, melhor morrer a pedir ajuda.
-Deve ser por isso que somos apenas nós agora. -dizia Dragão Negro para todos sem ao menos se mover do sofá que estava deitado.
-E ao cara na outra sala? -indagava Pegasus Negro.
-Ele?! -Jango olhava com um principio de medo para a porta que levava a tal sala. -Ele vai fazer outro trabalho...
******
Sobre as Arvores Gêmeas, Shaka estava sem armadura, com seus dois discípulos: Agóra e Shivah, ambos destinados pelo kharma e dharma de serem os cavaleiros de, respectivamente, Lótus e Pavão, para cavaleiros de prata eles eram muito poderosos, mas o cavaleiro áureo não queria que seus discípulos apenas fossem cavaleiros de prata, mas sim cavaleiros de prata com o cosmo de ouro, assim como Orfeu e Albior.
Apesar de ser treinado pelo próprio Buda, Shaka sabia que apenas alguns caminhos levavam a essa elevação de poder, e mesmo assim o caminho era extremamente pessoal, mas isso era para aqueles que eram mortais e limitados, não para ele que era o homem mais “próximo dos deuses”.
Mesmo naquela sala em que o tempo se arrastava para passar, era necessário uma semana de treinamento intensivo naquele lugar, não apenas quatro dias que Athena lhe derá, e afinal havia algo que obstruía sua visão do cosmo inteiro de Athena, parecia que para Shaka era impossível ver o interior de uma pessoa com ela presente. E mesmo as armaduras pareciam emanar algo que ele não entendia muito bem, uma energia disforme e caatica que confundia sua mente, mas elas ainda respondiam aos seus cavaleiros...
-Mestre Shaka, parece que o senhor esta preocupado. -Indagava Shivah.
-E você deveria estar limpando sua mente para alcançar o sétimo sentido. -dizia Shaka reaprendendo seu discípulo.
-Desculpe, mestre. -Shivah volta a limpar sua mente.
Shaka tinha que se concentrar para pressionar o cosmo de seus discípulos, tinha também que se concentrar naquele treinamento, tinha coisas demais pra se preocupar, e se o grande mestre Shion escolheu Ares como seu sucessor após sua morte, mas ele deveria ser o escolhido...
*****
Voltando ao Tempo atual...
A maçaneta roda totalmente e a porta range, Okko e Isaak já haviam se colocado em posição de combate, no momento que a porta abriu. A aparição de uma jovem de cabelos de um azul escuro aliado a cabelos de maria-chiquinhas se assusta com a posição dos combatentes. Que logo percebem que ela não tem cosmo para ser uma ameaça e constrangidos abaixam os punhos.
Com medo a garota corre com medo dos dois cavaleiros ameaçadores para longe. Isaak fica sem dizer nada enquanto Okko balança a cabeça negativamente .
-Por que será que as mulheres sempre correm de mim?
Pandora balança a cabeça decepcionada com seus companheiros de equipe e sai do beliche que estava.
Até que de todos os três em pé no meio do quarto, outro jovem se aproxima, esse de uma constituição muito mais frágil do que as de Okko e Isaak, lembrando mais a da amazona de Fênix. Vestido socialmente, com calça social branca e camisa cara verde.
-Vejo que vocês estão bem, isso é bom. -dizia o rapaz sorridente. -Desculpe-me por Minu, ela é meio assustadiça.
-Agradecemos a sua hospitalidade e pelos seus cuidados, mas queremos saber o porque deles?
Pandora fora direta ao ponto, Okko e Isaak não fizeram por não serem muito comunicativos, afinal só foram treinados para não interagir com os civis, pois eles mesmo viviam reclusos e eram especialistas em combates.
-A sim, perdoem-me. -O jovem tossia para desobstruir sua voz. -Deixe-me primeiramente me apresentar, sou Shun Amamiya. O diretor do orfanato Filho das estrelas, e cuidados de você porque assim foi especificado.
-Como assim especificado e por quem? -indagava Okko
-Isso eu já não sei dizer muito bem, mas vamos até a sala. Já que vocês devem estar morrendo de fome, né?! -Aquele homem não era hostil, muito pelo contrario, eles estavam bem relaxados depois da aparição dele. -Só Pandora que parecia meio diferente...
A mansão era realmente luxuosa, cheia de quadros que pareciam ser pessoas muito ricas, de descendência muito importantes; mas também havia brinquedos pelas escadas. Aquela residência parecia mais uma das doze casas que eles imaginavam, já que todos ali nunca as viram.
Até que chegaram a copa, onde tres grandes mesas ocupavam o local com bancos enormes que acompanhavam a mesa, a qual uma delas. E a do meio tinha um verdadeiro banquete para eles, que estavam acostumados a não comer por dias.
-Comam a vontade! -dizia o jovem de cabelos esverdeados.
Okko e Isaak se entreolham e atacam a comida vorazmente, chegando a algumas vezes a pegar a mesma coisa, Pandora olha aquela cena aterrorizada, e senta a uma distancia considerável dos dois cavaleiros, e Shun lhe faz companhia.
Pandora morria de fome também, mas algo lhe impedia de atacar a comida que nem eles, talvez a etiqueta da família Heinstein, pelo menos o que ela lembrava dela...
-Você faz parte de aluma família nobre, não é? -Shun perguntava a sua convidada.
-Já fiz, mas o mais importante é explicação que você está nos devendo. -Ao ouvir aquilo, Isaak e Okko paravam de comer para ouvir o que seu anfitrião tinha a dizer...
-Pra ser sincero não posso nem ajudar muito, mas é que vocês estiveram dormindo por dois dias seguidos. -dizia o jovem. -Quando chegaram aqui, três pessoas trouxeram vocês e suas caixas que estão em meu quarto para nenhuma das crianças mexerem. Vocês tinham queimaduras e hematomas graves. Nos deram cinco gemas preciosas para apenas lhe darmos abrigo até que acordassem, depois descobrimos que cada uma valia no mínimo três mil dólares. E com a morte do velho Kido, nosso “bem-feitor” estávamos necessitados, e não negamos ajuda.
-Três pessoas? -indagava Pandora. -E como seriam elas?
-Sinceramente não sei informar direito pois era de noite quando vocês chegara, e já estavam tratados os ferimentos mais graves. Só posso dizer que dois eram de nossa estatura e o terceiro, que carregava as quatro caixas, tinha o tamanho de uma das crianças do orfanato.
Uma criança? Mas as caixas das armaduras eram muito pesadas para isso, para uma simples criança carregar. A menos que fosse um aprendiz de algum cavaleiro. O único que Isaak lembrava dessa forma era Jacob, mas ele teria que ter indo com ele, e o que ele estaria fazendo com duas outras pessoas?
E um deles mando-me pedir pra que eu gravasse essas fitas dos noticiários locais para vocês. Shun pedia a Minu que colocasse as fitas para que todos pudessem assistir.
Quando começaram a passar as fitas, eles viram o local o qual lutaram com Fênix, todo queimado e ao que ouviram, sem vítimas no local, o que era bom, já que isso era um sinal que Athena estava viva, mas o próprio lugar tinha a forma de uma avê. E houveram mais dois lugares no incêndio, do mesmo jeito. Um numa área de demolição e uma área queimada na praia. O noticiário diziam que podiam ser obras de Ets, ou vandalismo.
Mas para os cavaleiros ali sentados era Fênix indicando onde ela estava com Athena para os cavaleiros negros, mas mesmo assim eles tinham que proteger Athena. Eles deveriam ir lá e resgata-la.
-Me diga senhor Amamiya. -Isaak pedia atenção. -Para onde os “pássaros” estariam apontando?
-Bem... -Shun forçava a mente para fazer um mapa mental. -Creio que seja para uma formação rochosa bem longe da cidade, ao que parece é o monte fuji... mas não tenho certeza.
-Parece bem a cara daquela Amazona. -dizia Okko ao se levantar. -Temos que buscar nossa preciosa Athena, ou Hana... Se bem que eu prefiro Hana.
-Hana?! -Grita Minu. -Hana não aparece a dois dias, quer dizer que foi ela a sequestrada?
-Conhecem?!
-Sim, ela mora aqui do lado, sempre passa aqui para nos ajudar. -dizia Shun agora entendendo o desaparecimento de Hana. -Por favor, salvem-na.
-Íamos fazer isso sem você pedir, não se preocupe. -Okko dizia aos dois. -Mas cuidem de nosso amigo ruivo e explique a situação.
-Minu, os acompanhe até meu quarto para que eles peguem seus pertences. -Pedia Shun a Minu que apenas balançava a cabeça e os guiava.
Isaak e Okko seguiam Minu enquanto Pandora ficava parada olhando para Shun.
-Er... posso ajudar?
-Você tem irmãos?
-ter eu tinha e era só um... o Ikki, mas ele morreu depois da nossa mãe morrer, ao 15 anos. Nenhum médico soube o porquê... lembro que ele era super protetor comigo. -dizia Shun com um saudosismo doido. -Porque a pergunta?
-Nada em especial, mas só mais uma. Você carrega algum amuleto?
-Até carregava, mas deixei no túmulo do meu irmão. -respondia Shun. -Mas porque tantas perguntas?
-Nada, só achei que já o conhecesse, mas deve ser impressão. -dizia Pandora e saia da cozinha.
E ao sair encontrava Isaak apoiado na parede, ele ouvirá toda a conversa. Pandora apenas o ignorava, e Isaak começava a desconfiar de sua companheira de batalha...
******
Numa caverna do Monte Fuji, com o formato de uma boca de um grande felino, estava Hana, sem entender muita coisa, e o pouco que entendia parecia surreal. Ela era a reencarnação de uma deusa que protegia a humanidade, e era servida por inúmeras pessoas vestidas de armaduras, mas algumas que deveriam servir a ela a usam como isca ou querem mata-la. Realmente era muita coisa para sua cabeça.
Mas sua sequestradora, aquela mulher de mascara não era uma má pessoa, mas parecia que ela estava sofrendo cada vez, mais com cada ato e achava que não tinha redenção até cumprir sua missão, pelo menos era isso que Hana pensava, afinal, ela até agora estava ilesa. E toda fez que ela saia, a amazona trazia cobertores, comida, pelo menos o básico para se poder viver.
Novamente ela chegava, com uma mochila totalmente cheia dessa vez e a jogava para perto dela. Para logo em seguida se sentar-se no chão, na entrada da caverna olhando para fora. Hana abria a mochila e vira revistas femininas de todo o tipo de todas as idades, e muitos chocolates, doces, etc...
-Obrigada, mas não acha que é melhor me soltar ao invés de me trazer essas coisas? -Hana já tentará falar inúmeras vezes com a amazona, mas no fim parecia mais um monologo, pois apenas ela falava. Hana já contara de como foi seu baile de formatura, de como era o orfanato filho das estrelas, de como era a floricultura, mas nada parecia empolga-la para se abrir.
-Preciso de você. -dizia Esmeralda. -Os cavaleiros negros querem mata-la, e eu quero mata-los, melhor do que correr atrás deles, e faze-los vir até mim; mas não se preocupe, no que depender de mim você não será ferida.
-Mas por que você quer mata-los? Afinal eles também são seres humanos.
-Há muito tempo atrás, Athena temia que só os cavaleiros do zodíaco não dariam conta de proteger a humanidade, e pediu mais proteção para os cavaleiros que não conseguissem armadura, como copias das armaduras originais. Então criou cavaleiros negros que atuariam juntos com os cavaleiros como suporte. Mas os cavaleiros negros eram em sua maioria ressentidos com seus cavaleiros originais e começaram uma guerra interna no santuário. E Athena os baniu para a ilha da Rainha da Morte, e deixou um carcereiro, um cavaleiro de prata, para prende-los. -Mas o tempo em demasia corrompia dos cavaleiros que atuavam como carcereiros. No final, o santuário baniu a ilha da Rainha da Morte para um lugar que existe e não na terra, assim como aconteceu em alguns lugares. Atlântida, Lemuria, Avalon.
-Mas em parte eu entendo a Athena, afinal foi um erro dela. Ela não poderia culpar os cavaleiros negros por um erro dela.
-Por causa deles, eu fui treinada para ser uma amazona, e por causa deles meu mestre, que foi a única pessoa que me amou apesar de tudo morreu. E morreu pelas minhas mãos. -A voz de Esmeralda começava a desabar naquele momento. -Tenho que fazer pelo menos isso, para que meu mestre descanse em paz, e para dar uma chance a esses monstros de se arrependerem em sua próxima vida.
Hana fora em direção de Esmeralda, enquanto a mesma ainda olhava para fora. E lhe abraçará. Esmeralda, não reagiu. Não tinha porque reagir também. Ela há muito tempo esperava por aquilo. Um momento que ela não tinha que se importar com vingança e que um pouco da sua dor se dissipara. Por um curto momento, ela se aproximará da Esmeralda que um dia já foi.
Ao ver Esmeralda daquele jeito, ela começava a chorar inconscientemente, ninguém merecia sofrer pelo o que ela sofreu, mas isso não dava a razão para ela, mas ela não precisava de sermões, de lições de moral. Tudo que ela precisava era de uma amiga, um colo para descansar.
-Juro que mesmo você não sendo Athena, não deixarei você se ferir. -Esmeralda murmurava baixo sob a mascara. Embalada enquanto Hana mexia em seu cabelo.
*****
Há 10 anos atrás...
Nem sempre sua nação natal o ajuda como você deveria, ter a mesma etnia nunca foi demonstração de boa fé dos dirigentes para seu povo, e geralmente numa tentativa desesperada, muitos tentam encontrar esperança e fé em uma nação que os aceite, não de braços abertos, mas sim que os aceite.
E o mesmo acontecia com os irmãos Ogawara, filhos bastardos de um milionário que nunca tiveram nem sua existência comentada, e desde a morte de sua mãe, Sayuri, Seika tentava ser uma mãe ao irmão, Seiya que era rebelde e inconsequente mas tinha um bom coração e um sorriso moleque que nunca deixa Seika lhe dar uma bronca sem abraça-lo depois.
Podia ser uma decisão louca mas era uma chance de reconstruir uma vida, Seika ouvira que o continente americano precisava de mão-de-obra sempre, o novo mundo era sempre conhecido como a terra da oportunidade, uma nova chance é o que eles precisavam.
Já tinha uma semana que estavam no mar, sempre estava enrolada numa capa preta e colocava seu irmão mais novo embaixo dela para que ambos não perdessem o calor que sentiam, mas ele sempre saia para ajudar os marinheiros, sempre prestativo.
“Quem sabe Seiya se tornasse marinheiro?” - pensava Seika ao olhar o irmão, que sempre voltava com um brinquedo ou comida a mais pela colaboração do trabalho.
Eram realmente tempos bons... até a chegada da tempestade...
Numa noite com uma lua enorme no céu, mas essa era diferente, parecia reluzir prata o suficiente para ser uma versão dia, Seika nunca virá nada parecido, era linda. Não havia se quer uma só nuvem no céu, quem sabe o destino não estava sorrindo para ela?
Na verdade, era um sorriso irônico e debochado.
A primeira onda surgiu do nada e atacava o barco com tudo, mais da metade dos imigrantes caira naquelas águas geladas, muitas morriam na mesma hora. Seika conseguia se segurar numa força que não tinha, mas engolirá muita água e tinha ansia e expelia tuido que tinha no estomago, mas tinha que achar Seiya.
Mas os irmãos Ogawara viam naquela noite que iria provavelmente matar-lhes, como se fossem esquenos refletores pratas canalizadas naquela enorme lua, todos alinhados numa trajetória que ia em direção do navio. Não ouve tempo pra gritar novamente, fora como uma arma prestes a ser disparada e traçando sua mira, e assim lhe vez, causando um enorme buraco no barco que ele logo se dividia em dois.
A parte menor começava a já afundar e a parte maior, onde ambos irmãos se encontravam começava a ficar ereta. Seika se agarrava para não cair e Seiya já estava em pisando em um mastro como se fosse seu agora.
-SEIKA!!! -Seiya gritava para sua irmã, mas não podia fazer nada estava a metros de distância, não podia fazer outra coisa há não ser gritar.
-Seiya, se preocupe com você!!! -gritava Seika, forçando sua frágil constituição para não largar as barras laterais do navio.
Não havia nada que ele pudesse fazer, era apenas um garoto de oito anos, mas não queria perder toda a sua família. A única pessoa que ele tinha nesse mundo, era uma dor que ele não queria suportar. Até que vira uma onde se formando, primeiro ela começava como um redemoinho para depois se elevar e se formar uma onda gigantesca. Simplesmente a onda violava as leis da natureza e se formava por uma decisão maior que ela própria, como se ela fosse obrigada a atacar-los.
Até que parecia que seu punho queimava, era como se seu corpo e sua alma quisessem impedir aquela onda de chegar no barco, mas não havia como, mas simplesmente ele obedeceu os impulsos. Com um soco direto, o jovem dispara uma rajada reluzente em alta velocidade, que cortava a onda exatamente onde ela deveria atingir o barco afundando, Seiya sorri e cai para dentro do mar.
-SEIYA!!! -Seika via aquilo, mas não queria saber como o irmão fizera aquilo, mas sim manda-lo segurar.
Com o grito da irmã, Seiya, simplesmente acorda e consegue se segurar numa das cordas que pareciam atravessar todo o barco, estava fraco, mas ainda sim tentava obedecer a irmã, mas apenas via borrão com a voz de sua irmã.
Até que finalmente o barco afundava totalmente puxando tudo que pudia com o empuxo que ele causava, arrastando objetos e pessoas junto com ele. Era realmente assustador, os que lutavam bravamente nadando sofriam afogamento, com o único pensamento de que porque não morreram logo.
Seiya não tinha mais forças desde que evitará aque uma das ondas acertasse o barco, pelo menos Seika iria viver, e isso era bom, não tinha nem força sequer para segurar a respiração. Apenas deixava-se ser puxado para o fundo do oceano; até que sentia uma mão lhe puxará para cima. Devia ser algum anjo lhe puxando para o céu.
Mas era Seika, que conseguia puxa-lo para cima e coloca-lo num pedaço de madeira, que flutuava, se tinham que morrer, morreriam juntos ou ela primeiro que ele. Até que viam duas figuras brilhantes com asas acima deles, um com cabelos revoltos de um roxo escuro aproximando do negro e outro loiro, deveriam ser anjos que indicariam o lugar deles no céu.
Seika tinha razão, eram anjos, mas não daquele tipo.
-E assim acaba uma futura ameaça aos deuses, certo Thesseus?! -O anjo com feição mais agressiva dizia para o companheiro.
-Um humano a mais ou a menos não fará diferença quando o julgamento final chegar. -dizia o anjo de postura mais arrogante.
-Do que vocês falam?! -gritava Seika. - Foram vocês que causaram toda essa tragédia?
Odisseus e Thesseus estavam surpresos, humanos normais não podiam ver anjos sem um mínimo cosmo necessário para se tornar um servo dos deuses. E la uma simplória mortal estava os desafiando com o olhar.
-Humanos desse tipo são desnecessários. -dizia Odisseus ao convocar uma espécie de lança para matar a ambos os humanos.
-Espere Odysseus. -Uma voz vindo da reluzente lua atrás deles impedia-los de continuar a atacar, porém qualquer ser que existisse também pararia com um simples pedido dela, mas aquilo fora uma ordem. Uma mulher bela, de cabelos de um loiro-esverdeado idêntico aos seus olhos, que não podiam existir naquela realidade. -Tenho planos para ele...
-Mas deusa, as ordens são de elimina-lo. -dizia Odysseus a deusa da Lua.
-Ele vê apenas o que pode acontecer, não o que realmente vai acontecer. -dizia Arthemys tocando o ombro dele, que o fizerá ajoelhar rapidamente. -Esse garoto tem potencial, só deve ser moldado a minha vontade.
-E acha que eu vou permitir? -Seika gritava, tremendo de frio e abraçando o irmão. -acha que vou deixar leva-lo.
-Acha mesmo que o querer humano é maior que a vontade divina? -Arthemys olhava indiferente para aquela humana. -Odysseus, não disperdesse seus poderes, use sua lança contra ela.
Odysseus ri e lança rapidamente a lança num movimento furioso. Seika não vê a trajetória, mas quando reve a lança ela esta encrava nela, e sente tudo se obscurecer, seu ultimo desejo é que Seiya sobreviva e seja feliz...Alma
Tinha esquecido que o Seiya também aparecia ^^
ResponderExcluirTodos os bronzeados vão aparecer? =D
Nossa, minha curiosidade aumenta a cada capítulo, deve ser por isso que estou tão animada pra ler. XD
Tadinha da Seika, morreu... T_T
E basicamente o Seiya e o Thouma trocaram de lugar, quero ver como vai ser quando esses dois ficarem frente-a-frente ^^
Nem vou me demorar no comentário por que tenho que ir dormir, senão corria para o cap 5 XD
Beijocas Dad D., em breve eu te alcanço o/
A idéia também é essa dos cavaleiros de bronze da serie e esse acabem se encontrando, pois tudo está ligado *musica de misterio*
ResponderExcluirPois é... Tadinha T____T