Alma Nova 05 - Lutas Obscuras - Parte 1

Okko, Isaak e Pandora se locomoviam até chegar ao monte Fuji, o cativeiro de Athena. Todos alcançavam uma velocidade que não era visível ao olho nu humano. Deixando um rastro de vento cortante que levantava tudo que a gravidade permitia.

-Temos que chegar o mais rápido possível. -dizia Pandora. -Mas não se desgastem, teremos muitas lutas ao que parece.

-Isso é óbvio. -dizia Okko. -dá pra sentir o cheiro daqueles cosmos podres dos cavaleiros negros daqui, e nem chegamos ainda.

-Por que não deixamos Fênix matar os cavaleiros negros, e depois cuidamos de Fênix, já enfraquecida?

-Isso seria um bom plano se eles não estivessem com Athena. -dizia Pandora. -Temos que preservar sua integridade física.

-E somos bons o suficiente para derrotar plágios imperfeitos de cavaleiros, e agora sabemos como Fênix luta, quase não há maneira de perdemos. -dizia Okko com um sorriso selvagem no rosto.

-Mas ela também viu nossos movimentos, seria fácil para ela nos derrotar. -Isaak respondia ao cavaleiro de Dragão.

-Fale isso por você, Isaak. Foram você e Pegasus que lutaram contra ela, eu e Pandora quase não fizemos nada. -Okko retrucava.

-Mesmo que ela não veja nossos movimentos, você também sentiu o cosmo dela. -Pandora com uma seriedade mórbida. -Eu, mesmo com as correntes de Andrômeda, não creio que sozinha vou poder parar o cosmo devastador de Fênix. Realmente, aquilo parecia só ser o abrir de asas dela, e não um golpe total.

Okko e Isaak também haviam sentido aquilo, o que realmente era assustador. Se aquilo fora um mero abrir de asas, imagine um golpe total. E eles ainda teriam que eliminar os cavaleiros negros, que esses com certeza iriam eliminar Athena. Iriam enfrentar inimigos que não sabiam a extensão de seus poderes e um que preferiam apenas não enfrentar.

Okko parecia ser o único realmente que iria proteger Athena, pois Isaak ainda não entendia nem engolia muito bem aquela história, mas se aquela jovem fosse mesmo Athena ele nunca iria se perdoar, seu mestre não iria lhe perdoar, e imagine Kamus de Aquário que fora ver ele se tornando um cavaleiro.

E Pandora que não tinha o dever de proteger Athena, seria até bom que ela morresse. Ela deveria estar ajudando os cavaleiros negros, enviando a reencarnação de Athena para os braços da morte. Parecia que aqueles anos de treinamento com Albior de Cefeus haviam a mudado, os discursos inflamados dele. Caberia a ela deixar que os deuses gêmeos guiem seus passos, apesar de odiar ser controlada.

O pensamento em comum era a preocupação com Thouma de Pegasus na luta, um deles teria que lutar com Pegasus Negro, querendo admitir ou não, ele era um ótimo lutador e seria necessário suas habilidades para aquela batalha que estava a frente.

*****

Os quatro grande cavaleiros negros, ou talvez fossem os únicos cavaleiros negros restantes. Para eles não importava, era até melhor que aqueles fracos que ousavam a zombar do título de cavaleiro negro com seus mínimos poderes. E logo eles também largariam o título de cavaleiros negros e passariam a ser cavaleiros de Athena. Graças a feliz coincidência dos “rebeldes” serem de seus “cavaleiros originais”.

Dragão Negro pára, e olha para trás furtivamente.

-O que foi? -Indaga Pegasus Negro

-Não sentem o cosmo dos cavaleiros de bronze vindo para cá? -Dragão Negro diz. -Realmente, vocês são fracassados como cavaleiros.

-O que foi que você disse? -dizia Cisne Negro segurando ele pelo colarinho da armadura, não que fosse uma crítica para ele, mas ele se ofendera como tudo que era dito para ele.

-O que foi Cisne Negro? Ofendido por apanhar do cavaleiro de Pegasus e ser humilhado pelo mestre Jango. -Dragão Negro não tinha o costume de falar demais, mas quando o fazia parecia transformar todos em escória com meras palavras e fatos imutáveis. -Acha mesmo que vai poder derrotar Fênix sem mim, ou melhor, acha mesmo que pode contra Fênix?

Pegasus Negro e Andrômeda Negro riam com a situação como sempre, eles também foram ofendidos e sabiam disso, mas nada que pudessem fazer contra Dragão Negro, ele era o mais poderoso dentre eles, e também era sempre bom ver Cisne Negro dando seus ataques de fúria inútil contra Dragão Negro.

Cisne Negro sabia que era mais fraco que Dragão, mas hoje, somente hoje, ele teria que deixar aquilo sem punição. Porque ele não pudera nem mesmo com o Pegasus original, e ao que parecia o próprio não havia sobrevivido ao ataque de Fênix.

-Você me paga Dragão Negro. -Cisne Negro fazia aquilo como uma grande ameaça, que não passava de uma das suas inúmeras promessas vazias.

-Então, o que faremos com os originais? Deixamos eles passarem até Fênix? -perguntava Andrômeda negro para o resto do grupo.

-E isso seria bom, deixar eles se matando e aparecemos para dar o golpe final em quem estiver mais fraco, gosto muito disso. -dizia Cisne Negro

-Além de fraco, covarde. -provocava Pegasus Negro. -Com medo do Cisne original.

-Ora seu...

-Calem a boca. -Dragão Negro ordenava aos seus companheiros. -Essa tática é inviável, pois e se os cavaleiros de bronze se unissem a Fênix? Desse jeito seria impossível de vencê-los, e isso vai ser a prova de qual de nós e poderoso o suficiente para se tornar um cavaleiro de bronze. Iremos derrotar nossos originais.

Aquilo soara como um desafio da boca de Dragão Negro, e eles odiavam ser desafiados e adoravam vencer desafios. Todos sorriram malignamente, exceto Pegasus Negro.

-Maldição, Fênix matou o meu original. -dizia frustrado Pegasus Negro por não participar.

-Fique calmo, você vai matar o que vencer um de nós. -dizia Dragão Negro.

-Que vai ser provavelmente o Cisne. -soltava Andrômeda Negro.

Cisne Negro olhava para Andrômeda querendo matá-lo, mas decidira provar sua força matando Cisne Negro e depois matando ele com a armadura original de Cisne.

****

Novamente na mansão de Jango, esta o líder dos cavaleiros negros na sua sexta garrafa de uma bebida que ele não sabia qual era, mas forte o suficiente para fazer seu estômago queimar, mas não estava embriagado, pois os cavaleiros negros tinham uma estranha resistência a venenos. Era uma pena, pois naquele momento Jango queria está fora de si.

Mandara os cavaleiros negros na frente pois não queria testemunhas no que ele iria fazer, aquela amazona de bronze tinha um cosmo assustador para sua feição doce e franzina. Como ele odiava Guilty, seu irmão mais velho e seu mestre. Eles foram condenados pelo Santuário a viver vigiando os cavaleiros negros, como não liderá-los? Por que não usar a lendária armadura de Fênix para seu beneficio?

Guilty via aquilo como uma missão sagrada, onde apenas os cavaleiros mais poderosos podiam exercer. Ele se auto-intitulava o cavaleiro do diabo, pois só sendo um demônio para chamar aquilo de lar. Seu irmão era um idiota, um idiota que adorava uma deusa que lhe enviara ao inferno na terra. E destruía a vida daquela garota, tornando um ser cheio de ódio ao invés de ser uma mulher comum amada por um homem.

Jango levantava a cabeça para tomar ar e coragem para fazer o que nenhum cavaleiro negro lhe vira fazer. Ele iria implorar pela ajuda daquele monstro que o Santuário enviou...

*****

Os cavaleiros de bronze chegam ao Monte Fuji, ou Montanha dos Espíritos como chamam os habitantes daquela região. O que tinha sentido, pois com a passagem por vento pelas várias cavernas do local ecoavam como gritos de almas penadas tiveram fim naquele local.

-E então, qual é o plano? -perguntava Isaak aos seus dois companheiros, pois ele mesmo ainda estava confuso sobre tudo aquilo.

-Acho que a melhor abordagem é enfrentarmos nossos oponentes todos juntos, eliminando um por um. -dizia Pandora.

Isaak torcia o nariz para aquilo, mas antes que pensar qualquer coisa Okko já lhe tomara a palavra.

-Faça isso você e Cisne, se quiser. Eu enfrentarei a todos ali e resgatarei Athena ao meu jeito.

-Você é louco, só vimos o poder de Cisne Negro, desconhecemos as habilidades dos outros, e se houver mais cavaleiros negros. -dizia a Amazona de Andrômeda.

-Acho que você esqueceu de uma coisa. -Dragão fazia uma pausa tomando ar, para falar. -Nós somos cavaleiros de Athena, os santos da justiça, guerreiros honrados; e apunhalar não é coisa que fazemos. Lutamos com nossa força e nossa fé, isso é que nos faz diferentes deles, não é apenas trajar uma armadura de melhor qualidade.

Pandora fica chocada com o discurso dele, e olha para Cisne que balança a cabeça afirmativamente. Pandora estava chocada, não entendia como eles conseguiam pensar apenas em honra quando sua deusa estava em perigo, mas ela parava e pensava consigo que ela não entendia aquele conceito.

Afinal, ela era uma espiã, numa armadura que nem deveria estar usando. E que ela só usa por intervenção de Hypnos e Tanathos, e era uma ironia mesmo do destino, ela usar uma armadura que representa uma princesa que se oferecerá em sacrifício para Poseidon. Só algumas coisas mudaram, como ela ser sacrificada pelo bem de Hades e sua armadura estar cheia de morte e pesadelos. Realmente sua vida era uma macabra ironia.

-Se aquela for realmente Athena, não há com que nos preocuparmos. -dizia Isaak cortando os pensamentos de Pandora.

-Vocês tem razão, afinal ela é Athena. -Pandora começa a pensa que seria bom ela morrer, estaria livre do fardo de ser uma amazona. -Enfrentaremos quem estiver em nossa frente e chegaremos todos lá para exigir Athena de volta.

-Certo! -dizia Isaak com empolgação.

-Por que até uma idéia minha parece uma idéia sua?! -dizia Okko mas confirmando que iria seguir aquela tática. -Você devia ser sacerdotisa e não amazona.

-Vamos logo. -ordenou Pandora.

Os três correram um para cada lado, numa velocidade que a olho nu apenas era possível ver a cor predominante de suas armaduras.

E ao longe, os cavaleiros negros sorriram com a chegada de seus “originais”.

******

No santuário, Saga estava apreensivo. Tudo aquilo demorava demais, só ter mandando os cavaleiros negros já teria dado um grande golpe, um grande barulho, mandava um dos cavaleiros para após a morte de Athena, recuperar a armadura de ouro, mandaria Shaka eliminar a todos envolvidos, tudo que ligasse a ele. Depois ele cuidaria simplesmente dos rebeldes em focos isolados.

Mas tudo aquilo demorava demais, tudo era uma agonia para Ares, realmente era um tormento, seus planos não estavam funcionando. A maldita rebelião de cavaleiros, dos quais conseguiam fazer estragos em sua fé como Grande Mestre, semeando a dúvida nos corações de seus vassalos. E se eles conseguirem trazer Athena, a verdadeira Athena, tudo que ele criara estaria destruído. Uma paz que não seria edificada em justiça, mas sim nele.

Não poderia mandar qualquer outros a essa missão, afinal já mandara Shaka. Não faria sentido algum mandar qualquer outro cavaleiro após tê-lo mandado. Seria arriscado e conflitante demais, mas ele poderia solucionar outros problemas.

-SERVIÇAL!!! -Ele gritava a qualquer um dos guardas para atendê-lo.

-Sim, Grande Mestre?! -dizia o guarda que cuidava da porta do salão.

-Chame Gigars onde quer que ele esteja! E AGORA!!!

O homem desesperado corre atrás do sacerdote Gigars.

***********************

[Luta Isaak de Cisne Vs Cisne Negro]

Isaak andava perdido na base da montanha, pois até mesmo onde Fênix se encontrava era na maior montanha, e já gastara cosmo demais correndo e tinha que poupar energia. Ele simpatizava com o lugar, pela grande altura a própria temperatura era baixa, o que era melhor para ele, pois assim podia lutar melhor num lugar mais parecido com sua terra.

Esquecia um pouco da sua terra para lembrar um pouco da amazona de Andrômeda que passou pelo outro lado da montanha, nunca vira ser tão belo. Ela parecia mais alguém para ser protegida e não para proteger; mas aquelas perguntas para aquele homem delicado. Eram estranhas demais, e próximas demais. O mínimo que se treina para ser um cavaleiro de bronze é sete anos, e geralmente treinam em áreas isoladas. Como pode conhecê-lo antes disso?

E mudava a mente para aquela jovem de cabelos lilases, seria ela realmente Athena? O santuário estaria protegendo e venerando uma falsa deusa. E como Mestre Cristal não pode contar para ele depois de tantos anos? Mas será que ele também acreditaria?

Sua mente vagava até que sentirá algo se aproximado e deixava apenas o seu corpo e instinto reagir aquela situação. Pulava para trás, numa distância o suficiente para escapar do que quer que fosse. Ao reparar via estalagmites de gelo negro formado onde estava, só podia ser uma pessoa a fazer aquilo.

-Não esperava nada menos do cavaleiro de Cisne. - Era um dos quatro grandes cavaleiros negros, o Cisne Negro, sua cópia maligna praticamente.

Provavelmente ele sentiria o cosmo do oponente muito antes, e não só quando ele esta prestes a receber um golpe daqueles, suas inquietações pareciam atrapalhar sua concentração. Uma coisa que ele sempre odiava quando acontecia.

-Preparado para morrer, Cisne? -Cisne negro iria mostrar aos seus companheiros que poderia derrotá-lo, e pretendia levar a cabeça de Cisne como prova.

A temperatura começava a cair drasticamente, com vários cristais de gelo caindo de ambas as cores: branco e preto, a medida que seus cosmos começavam a se preparar para a batalha. Que teriam.

Era no mínimo um espetáculo lindo e mortal, num contraste, o que representava aquela cena perfeitamente. O bem e o mal lutando em um ambiente hostil e desconhecido para ambos, era a cena que retratara aquela situação perfeitamente.

Cisne Negro, que estava mais a cima em uma das várias camadas da montanha, atacava novamente com seu gelo negro contra Isaak que se movia rapidamente para sair do golpe. Apenas para reaparecer, pois ao momento que parava uma rajada negra ia em sua direção.

Para Cisne Negro aquilo era irritante, como o cavaleiro de Cisne se movia tão rápido? E assustador, ele corria como se deslizasse no gelo, e parando onde ele desejasse. Mesmo com seus golpes ele não alcançava Isaak.

Até que Isaak se aproxima e lhe aplica um golpe em seu queixo que o faz chocar na parede da montanha, mas Cisne Negro não tem tempo para se lamentar. Não poderia se dar ao luxo de ficar no mesmo lugar sendo alvo. E sai numa acrobacia, mas fica tempo o suficiente para ver a rajada ártica de seu oponente quase lhe acertando.

Ao desce, Cisne Negro aparece atrás de Cisne para atacá-lo, mas Isaak ainda desvia apenas com um curto e comum passo, e agarrava o pulso de seu oponente. Cisne Negro começava a ficar apavorado, como ele poderia ser tão poderoso?

-Realmente, você não é um guerreiro do ártico. -Isaak arremessava-o novamente para a parede, de maneira violenta mas sem alterar seu estado emocional.

-Idiota, vou te matar. -Cisne Negro começava a traçar a cruz do norte, em posições belas e únicas. -TEMPESTADE DE GELO NEGRO!!!

Isaak olha para aquele golpe, fecha os olhos e ergue sua mão parecendo querer bloquear o golpe de Cisne Negro. O cavaleiro negro gargalhava, pois aquilo era uma tentativa de suicido; mas ao ver o resultado da cena se espantava. Apenas a mão e metade do ante-braço fora congelado, era uma vantagem que ele ganhava.

-Idiota, agora com seu braço direito congelado pelo meu gelo negro, sua derrota é certa. -Cisne Negro estava feliz, afinal iria provar aos seus companheiros que era mais forte que seu original.

-Ridícula cópia. -exclamava Isaak ao ver seu braço congelado. -Mas bem esforçada para uma ilha vulcânica, pena que escolheu o oponente errado.

O gelo alvo de Isaak começava a devorar e converter o gelo negro de seu inimigo, até que o cobrisse totalmente e partindo em vários pedaços. Cisne Negro voltava a se apavorar, não acreditando naquilo que acabara de ver. O pavor se transformou em raiva e ele partia em direção do cavaleiro de Athena, mas não conseguia se mover.

Ao prestar realmente a atenção, vê círculos de gelo ao redor dele. Não entende como o cavaleiro de Cisne fizera tudo aquilo. E como ele criara daquele jeito, um dos Quatro grandes cavaleiros negros.

-Vou ser piedoso e tirar suas dúvidas antes de te mandar para o Tártaro. Eu lhe apliquei o círculo de gelo quando você pensou que eu tinha errado o golpe. Foi apenas um chamariz, mas o que realmente me assusta é o porque você não descobriu o segredo da minha velocidade. -Isaak via a reação de espanto dele, e dava pena alguém com um título tão assustar ser tão fraco. -No lugar em que eu fui treinado, o ar é rarefeito, nosso corpo não reage muito bem, por causa da hipotermia; mas como eu disse antes, pra alguém que treinou em uma ilha vulcânica você é um pródigo, mas não soube escolher o seu adversário.

A raiva de Cisne Negro crescia mais e mais, mas ele não conseguia se libertar daqueles frágeis círculos de gelo. E aos poucos, o ar começava a ficar mais frio, os cristais de gelo, começavam a ficar maiores e os ventos mais agressivos, Cisne Negro não acreditava que tudo aquilo era obra do cavaleiro.

-Isso é só uma pequena amostra do que pode um guerreiro do Ártico, e uma breve visão da morte branca conhecida como Pó de Diamante. -Cisne negro começava a ter hipotermia, começava a sentir o que era o frio que seu oponente tanto falara, era assustador, era belo e assustador.

-Tem algo para me dizer antes de sentir o Pó de Diamante? -Isaak falava para Cisne Negro.

-Só que vocês são loucos, desafiar o Santuário dessa maneira. E pior ainda, escolher Fênix como adversária. Você tera uma morte pior que a minha. -Cisne Negro proferia sua fala em tom de maldição.

-Então que você sirva como exemplo para aqueles que subestimam os guerreiros do Ártico. PÓ DE DIAMANTE!!!

Os ventos se tornam agressivos e seguem um único caminho, uma direção que atravessa o corpo de Cisne Negro. O jogando de cabeça para baixo, prendendo-o de cabeça para baixo em uma das formações rochosas, deixando apenas seu braço direito e sua cabeça para fora da estalactite formada com o corpo de Cisne Negro.

-Não se preocupe, se fosse tiver mesmo força de vontade, vai sair daí vivo. Vai sair sem cosmo algum, mas vai sair vivo. -dizia Isaak olhando para o inimigo -Não vou te matar, só quero Athena.

-Acaba de assinar seu contrato de morte, cavaleiro de Athena. - Cisne Negro tirava o emblema do cisne, praticamente decapitando sua armadura. -Sofrerá a morte negra. -Ao acabar de proferir suas palavras, fazia desaparecer o símbolo, enquanto o resto do gelo lhe consumia.

Isaak não acreditará, Cisne Negro matara a sua armadura e a si mesmo, e com que intuito? Uma derrota não valeria uma vida, mas Isaak não tinha tempo para pensar nisso, tinha que correr para salvar Athena, ou aquela que todos diziam ser Athena.

************************

[Pandora de Andrômeda Vs Andrômeda Negro]

Pandora andava sobre aquela intempérie fria daquela montanha, afinal, qual era o motivo de uma espiã dentro do Santuário querer salvar Athena? E a armadura mesmo não lhe obedecia, as correntes de Andrômeda não respeitavam seu comando, mas durante a batalha contra Fênix elas reagiram muito bem. Possivelmente elas sabiam que aquela era Athena, e fizeram de tudo para protegê-la.

Essas armaduras realmente tinham algum nível de consciência, um nível que os poderes de Hypnos e Tanathos não podiam dobrar nem exercer a sua influência, não totalmente. A sacerdotisa de Hades, pensava que ser uma amazona de Athena não seria tão ruim, não teria que criar uma utopia, seria apenas proteger as pessoas de seres como ela. Talvez fosse uma luta digna, talvez ela não recebesse a morte dos pais, e tivesse a alma de seu irmão tragada por Hades, e muito menos seria uma peça descartável para aqueles dois deuses.

Pandora, sente um deslocamento muito rápido e agressivo, e rapidamente desvia. Vê inúmeras cobras negras como um bote só, caso não tivesse sentido o cosmo da pessoa que as controlada, provavelmente estaria morta; mas ao que parecia elas não iriam desistir tão facilmente de sua presa e voltavam a atacar.

A amazona saltava para trás num impulso rápido e forte, mas as cobras se moviam praticamente a sua velocidade, impossível um animal se mover tão rápido assim. Pandora lança sua corrente triangular para cima das cobras, que não passava de uma corrente morta e sem vontade, pensava consigo mesma que seria melhor lançar uma pedra.

As cobras se dividem e atacam por todas as direções, Pandora sua a corrente da esquerda para afastá-las e consegue apenas acertar algumas. Das outras, tudo que pode fazer era fugir, sabia que seria logo encurralada naquele ritmo, mas o que podia fazer com correntes que não lhe obedeciam?

Ao parar no chão, não via mais o céu. Só se ele se tornasse em várias cobras querendo devorar seu ser. Era o que era queria.

Concentrara todo seu cosmo, e o soltara, um ataque básico de todos aqueles que tinham algum cosmo desenvolvido dentro de si, mas era uma manobra amadora, pois técnicas canalizavam melhor um ataque do que essa explosão, além de consumir menos suas energias, mas era tudo que ela tinha.

As cobras foram incineradas com esse ataque, e Pandora apenas caira no chão, e não se dara ao luxo de abrir sua guarda. Porque o inimigo estava mais a sua frente, olhando para ela e rindo de sua maneira ridícula de defesa.

Tinha cabelos negros, mas próximos de um verde muito escuro. Além da própria armadura ser idêntica a dela. Olhando bem, ela reparava traços similares ao do jovem que lhes abrigara depois do confronto contra Fênix, mas numa versão tão maligna que era facilmente diferenciados somente pelo olhar.

-Realmente, você me desapontou amazona, jurava que a minha original seria mais poderosa. Achei que no mínimo você iria usar a defesa circular, particularmente, você é deprimente. -Andrômeda Negro recolhia as suas correntes que se transformavam em cobras para atacar seu oponente.

Possivelmente, qualquer um dos outros cavaleiros já teria derrotado a essas alturas, mas ela mesmo não era uma amazona, era uma sacerdotisa e sua própria não lhe respondera. Estava numa situação perigosa, mas uma coisa que ela não podia demonstrar era medo. Afinal, aquilo só iria alimentar as forças de seu oponente.

-Realmente, entre nós, seu cosmo chega a ser tão pífio que eu não vejo a necessidade de usar as correntes de Andrômeda para acabar com você. Consigo vencer você apenas com as mãos, e realmente eu não fui treinada para combate. Você será minha cobaia. -Pandora assumia uma postura ereta para dar ênfase as suas palavras, já que sua máscara lhe ocultava sua face.

O cavaleiro negro de uma feição irônica passa para uma face obsessiva e psicótica de raiva e ódio. E volta a atacar sua oponente, com as correntes de sua armadura que em momentos depois se transformam em cobras negras. Pandora se desloca o mais rápido que pode para não ser acertada pelas correntes de Andrômeda Negro; mas não tinha muito o que fazer para contra-atacar, a não ser esperar uma brecha mas ela nunca aparecia.

Pandora não conseguira saltar rápido o suficiente para fugir das correntes de Andrômeda Negro, a qual era uma cobra que aplicava-lhe um bote firme e doloroso. Sendo a dor alucinante, e a mesma víbora que lhe mordia parecia se multiplicar, e as que apareciam lhe aplicavam mais um ataque, até que a amazona estivesse caída.

Ela não se rendia, queria suportar, queria vencer; mas o veneno que aquelas peçonhas inocularam nela pareciam estar drenando sua força. Além do baixo nível de cosmo, não poderia fazer uma segunda explosão de cosmo. Ela começava a pensar que foi um erro ser enviada, talvez fosse melhor morrer, o pior que aconteceria, seria ela ir para “seu lar” aquele inferno, e esperar a chegada de Hades para o recepcioná-lo.

Ela apenas tinha que deixar de insistir, para deixar de existir, lembrando apenas de algumas pessoas enquanto perdia os sentidos: Seus pais, seu mestre Albior, June e do cavaleiro de Cisne. Se bem que ela não fazia idéia do por quê ele aparecer em suas últimas memórias de vida, mas não foi desagradável.

-Deixar de insistir... Desistir... -As últimas palavras de Pandora enquanto ouvia o riso estridente de seu algoz.

2 comentários:

  1. NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! Pandorinha! Não desista!!! Como eu vou saber o que vai acontecer com você se você simplesmente morrer?! T_T

    E seria esse o indício de prováveis sentimentos começarem a surgir? Hummm....

    E quem é esse gigante misterioso?! Não faço a mínima idéia de quem seja, não perderei tempo e rumarei ao cap 6 ^^

    ResponderExcluir
  2. Se lembrasse da serie animada, iria saber XD Pandorinha é osso duro de roer!

    ResponderExcluir